A taxação de bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos, integra uma estratégia mais ampla defendida por especialistas em saúde para redução da obesidade. A pesquisadora da área de nutrição e alimentos do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), Ana Paula Bortoletto, destaca a restrição de venda em escolas. “Hoje temos algumas leis pontuais. O ideal é que isso ocorra em todo o País.”
A estratégia passa também pela regulação da propaganda. “Essa é uma discussão importante, que tem de ser feita com a adesão da sociedade”, diz a coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Michele Lessa.
Além disso, a divulgação de informações sobre os problemas provocados por refrigerantes é considerada essencial pela advogada de Brasília, Tamara Hoff. Ela conta ter crescido em um ambiente em que a oferta de bebidas açucaradas era farta. Sua mãe, recorda, tomava refrigerante já no café da manhã, todos os dias. “Não falávamos dos riscos.”
Ela conta que há alguns anos reduziu de forma significativa a ingestão de refrigerantes. E isso foi repassado para os filhos Gustavo, de 9 anos e Guilherme, de 7. “Em casa e na escola tomo água. Refrigerante é só quando saímos para comer uma pizza ou um lanche”, diz Gustavo. Guilherme diz que seus amigos na escola seguem um padrão semelhante. “Tenho só um amigo que gosta de tomar refrigerante todos os dias.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.