Os peritos do Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo vão examinar o revólver calibre 38 do advogado Marco Vassiliades Pereira, de 34 anos, para saber se foi usado recentemente. Comprada em 1986, a arma foi entregue à polícia. Pereira ficou ferido no domingo, com dois tiros no peito que teriam sido disparados pelo suspeito Rodrigo Henrique Farrampa Guilherme, de 22 anos, que teria matado ainda a menina Tainá Mendonça, de 5.
Tudo ocorreu por causa de uma briga de trânsito em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. Guilherme raspou seu Monza no pára-choque do Astra de Pereira, que saiu em perseguição, acompanhado por amigos, entre eles Fábio Valente de Mendonça Junior, que levava a sobrinha em seu Kadett.
Pereira teve porte de arma de 1991 a 1995, concedido pela Polícia Federal. Depois, em 1996 e 1997, teve um porte estadual. A partir daí, o advogado manteve o revólver registrado em seu nome, mas não possui o porte, ou seja não pode andar armado. A arma ainda não foi entregue pela polícia ao IC.
O 14.º Distrito Policial quer saber se o revólver foi usado durante a briga de trânsito de domingo, o que pode mudar significativamente a história do crime. Por enquanto, só há indícios de que Guilherme, que não tem arma ou porte em seu nome atirou. O suspeito está foragido desde a decretação de sua prisão pela Justiça.
Os peritos fizeram uma análise dos pneus do Monza de Guilherme. Os quatro estão rasgados – o veículo foi abandonado no local do delito por ele e pelas três pessoas que o acompanhavam. O objetivo do exame é saber como os pneus acabaram rasgados.
Suspeito – A Polícia Militar deteve hoje um homem em Guarulhos, sob suspeita de ser Guilherme. Ele foi denunciado anonimamente, mas após ter as impressões digitais confrontadas com as do acusado, a polícia descobriu que se tratava de um engano e liberou o rapaz.