Os laudos do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto Médico-Legal (IML) sobre a morte da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, devem ficar prontos nesta quinta-feira (17). Com os resultados, a polícia terá os argumentos necessários para o novo depoimento do pai Alexandre Nardoni, e da madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, marcados para amanhã, data que a menina faria 6 anos. Já o inquérito policial ainda deve demorar alguns dias para ser encerrado.
Na quarta (16) ocorreram duas reuniões dos peritos que cuidam do caso. Uma delas envolveu o superintendente da Polícia Técnico-Científica, Celso Perioli. A outra contou com a participação dos três médicos-legistas que examinaram o corpo de Isabella. O objetivo é tentar alcançar um consenso sobre a dinâmica do crime. Os peritos ainda divergiam sobre o que teria provocado a asfixia na menina. Uma parte acreditava que Isabella teria sido asfixiada ainda no apartamento e outra que isso teria sido provocado pela queda da criança.
Mas os legistas ainda não têm certeza se a menina teve a parada cardiorrespiratória por causa do impacto decorrente da queda ou se isso foi provocado por esganadura – ter o pescoço apertado com as mãos. Caso tenha ocorrido por causa do choque com o chão, eles querem saber o que fez com que Isabella estivesse inconsciente ao ser jogada.
A existência de apenas duas pequenas fraturas em seu corpo – no punho e na bacia -, apesar de uma queda de 20 metros de altura, mostram que Isabella estava com o corpo relaxado, o que, aliado ao fato de ela ter caído sobre o gramado fofo e molhado do jardim do prédio, teria amortecido a queda. Para a polícia, a menina teria sido jogada pela janela ?não com a finalidade de provocar o óbito, mas de mascarar a lesão provocada no apartamento?.