O índice de aprovação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva apresentou queda de 54% para 51%, segundo a nova pesquisa do Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada ontem. A percentagem dos que desaprovam aumentou de 39% para 42% em junho.
A gestão de Lula recebeu avaliação ótima e boa de 29% dos entrevistados em junho contra os 34% de março. A pesquisa trimestral da CNI indicou que a avaliação ruim e péssima do governo passou de 23% para 26%. A avaliação regular oscilou de 41% para 42%. Os resultados também indicam que a popularidade do presidente Lula mantém-se em declínio, porém houve redução na velocidade da queda, comparando-se ao período anterior, de dezembro de 2003 a março de 2004.
Segundo a atual pesquisa, 54% dos entrevistados confiam no presidente, contra 43% que não confiam. Na rodada anterior da pesquisa, em março, eram 60% os que confiavam e 36% os que não confiavam. A região que menos aprova o governo Lula é o Sul, com apenas 46% dos entrevistados aprovando o governo Lula, seguido do Sudeste, com 51% de aprovação, Nordeste com 52% e 58% de aprovação no Norte e Centro-oeste.
Cresce preocupação com inflação
A pesquisa mostra também aumento no número de pessoas que desconfiam da volta da inflação. Em relação à expectativa da população quanto à economia nos próximos seis meses, a pesquisa registrou que 55% dos entrevistados afirmam que a inflação vai aumentar, enquanto 12% dizem que ela diminuirá. Na rodada anterior, 48% acreditavam em acréscimo, contra 13% os que areditavam em baixa.
Os entrevistados afirmaram que houve mais acerto em ações da gestão Lula de combate à fome, pobreza e educação. E menor eficácia na tentativa de redução do desemprego e violência. A pesquisa também concluiu que há percepção de que as notícias veiculadas sobre o governo federal têm sido negativas. O fato que mais marcou o período entre março e junho, na opinião dos entrevistados, foi a questão do salário mínimo.
A pesquisa CNI/Ibope também realizou uma simulação das intenções de voto na eleição presidencial de 2006. Em uma lista previamente elaborada de candidatos, o presidente Lula iria para o segundo turno se concorresse com José Serra ou com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Foram entrevistados 2 mil eleitores acima de 16 anos, em 140 municípios de todo o País, entre os dias 17 e 21 de junho. A margem de erro é de três pontos percentuais.