Embora o trabalho infantil tenha continuado a mostrar tendência de declínio no Brasil em 2009, a magnitude do recuo foi mais fraca do que o apurado em anos anteriores. É o que mostrou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2009.
No País, o número de trabalhadores na faixa etária entre 5 e 17 anos recuou de 4,452 milhões para 4,250 milhões de 2008 para 2009, o que representou a retirada de cerca de 202 mil jovens do mercado de trabalho, uma queda de 4,5% no período. No entanto, a queda no número de crianças e adolescentes de 2007 para 2008 no mercado de trabalho foi mais intensa, de 7,6%, e o número de jovens que não mais realizavam trabalho infantil foi maior, de 367 mil.
No levantamento, o IBGE revelou que o número de crianças de 5 a 13 anos trabalhando caiu de 993 mil para 908 mil de 2008 para 2009, uma queda de 8,5%. Já entre os adolescentes de 14 a 17 anos, o número de pessoas no mercado de trabalho recuou de 3,459 milhões para 3,343 milhões no período, uma queda de 3,3%.
No entanto, ao detalhar o comportamento do trabalho infantil por regiões, é possível perceber que nem todas as localidades apresentaram queda no número de jovens no mercado de trabalho. No Nordeste, o número de adolescentes de 14 a 15 anos trabalhando subiu de 443 mil para 464 mil de 2008 para 2009, um avanço de 4,7%, no período. Ainda segundo o instituto, os do sexo masculino continuam sendo maioria entre os trabalhadores de 5 a 17 anos, e representam mais da metade do total (2,7 milhões).