O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eduardo Nunes, disse nesta quinta-feira (11) que há pelo menos um mês discute com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, a alteração na Portaria nº 167, de 5 de setembro de 2003, que determina o envio dos dados das pesquisas ao ministério com 24 horas de antecedência à divulgação ao público. Segundo Nunes, o objetivo é encurtar o intervalo entre o envio de informações e a sua divulgação pública.
Segundo ele, um dos argumentos usados pelo IBGE é o de que 24 horas representam um período muito longo, já que o prazo é muito apertado para os técnicos, que nem sempre concluíram as informações dentro desse prazo. "Além do mais, não achamos adequado tanto intervalo de tempo entre a hora da divulgação e a precedência do envio ao ministério".
Nunes explicou que o envio de dados ao ministério é feito por meio eletrônico e documento impresso aos cuidados do ministro ou de seu assessor imediato. O prazo ideal para o IBGE seria o envio no final do dia anterior ao da divulgação ou na manhã do dia em que são apresentados os dados. "Duas horas e 24 horas são práticas usuais em instituições no mundo inteiro, não há regra única", disse.
O prazo de duas horas de envio das informações a diversos órgãos do governo foi determinado pelo governo Fernando Henrique Cardoso em dezembro de 1999, e em 2003 foi publicada nova portaria, ainda em vigor, que determina as 24 horas de antecedência exclusivamente para o Ministério do Planejamento.