Os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que as prefeituras das maiores cidades do País estão na contramão da tendência nacional de aumento das secretarias exclusivas de assistência social. Nas cidades de mais de 500 mil habitantes, a proporção das que têm secretarias exclusivas caiu de 72,5% para 56,4%. A tendências dessas cidades tem sido juntar a assistência social a outras políticas setoriais.
As secretarias associadas a outra políticas deixaram de ser majoritariamente vinculadas à saúde, como constatado em 2005, e estão cada vez mais ligadas a habitação. A gerente da Pesquisa de Informações Municipais (Munic) do IBGE, Vânia Pacheco, diz que a ampliação de programas de moradia popular, como Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, são decisivos para essa mudança no perfil das secretarias compartilhadas.
A pesquisa mostra também que apenas um em cada quatro municípios faz diagnóstico socioterritorial das carências da população vulnerável, o que é considerado fundamental para os avanços nas políticas públicas de assistência social. “Para ser efetivo, todo o processo de planejamento de municípios deve basear-se no conhecimento da realidade a partir da leitura dos territórios, microterritórios ou outros recortes”, diz o estudo do IBGE.