O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou hoje um mapa que localiza no território nacional, pela primeira vez, as 238 espécies e subespécies de invertebrados aquáticos e peixes que correm risco de extinção, segundo a Lista das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), publicada em 2004. Segundo o documento, a destruição dos hábitats naturais é a principal responsável pelo processo de extinção desses animais. Outros fatores são a poluição das águas, a sobrepesca, a pesca esportiva e o comércio de peixes ornamentais.
Segundo o IBGE, entre as espécies relacionadas no mapa, 41 (seis invertebrados aquáticos e 35 peixes) se encontram em estado mais crítico de perigo de extinção, como é o caso do marisco-do-junco, do ouriço-do-mar-irregular, do cação-bico-doce e do surubim, entre outros.
Das 238 espécies e subespécies ameaçadas que o mapa mostra, 79 são invertebrados aquáticos – como estrelas-do-mar e ouriços-do-mar – e 159 são peixes de água doce e salgada – a exemplo de alguns tubarões, cações, raias, peixes-serra, pacus, barrigudinhos, vermelhos, bagres, cascudos e lambaris.
Os estudos sobre a fauna ameaçada de extinção vêm sendo realizados pelo IBGE desde o fim dos anos 80, especialmente com base nas listas do Ibama. O mapa de invertebrados aquáticos e peixes ameaçados completa a série iniciada pelo instituto em 2006 e que inclui um mapa específico para as aves; outro para mamíferos, répteis e anfíbios; e um mapa de insetos e outros invertebrados terrestres, totalizando 632 espécies de animais que podem entrar em extinção caso nada seja feito para preservá-las.