O IBGE gastou no ano passado R$ 37.383.438,86 com cartões corporativos usados por cerca de 2 mil funcionários, informou ontem o diretor-executivo da instituição, Sérgio da Costa Côrtes. A maior parte do dispêndio, cerca de R$ 33 milhões, foi em saques em dinheiro e o restante, usado como crédito, tendo as despesas sido justificadas com notas fiscais ou recibos.

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O sistema começou a ser implantado em 2005 e substituiu a prática anterior, conhecida como conta B, conta bancária da qual o funcionário sacava em dinheiro, justificando depois o gasto. ?O atual sistema é mais transparente, está aberto a qualquer cidadão que queira consultá-lo?, disse Côrtes. Ele explicou que os cartões são usados em despesas pequenas e emergenciais, ?na área finalística?, muitas vezes em cidades do interior, por funcionários que ocupam postos de comando, em geral chefes de agência e coordenadores.

Todos devem ser servidores públicos – o IBGE, em suas pesquisas, usa às vezes mão-de-obra temporária, mas só quem é funcionário pode receber o cartão – e não podem ter respondido a processo administrativo. Cada portador recebe um suprimento de fundos, a cada três meses, de até cerca de R$ 3 mil, fora do período do censo, podendo sacar no máximo R$ 1 mil por vez. Durante o censo cada ?carga? pode subir a R$ 15 mil, podendo haver saques de até R$ 5 mil em dinheiro.

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