Duas aves, uma delas ameaçada de extinção, foram resgatadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de um sítio na zona rural de Barcarena, a cerca de 100 quilômetros de Belém, no nordeste do Pará. As aves, uma arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus) e uma arara-canindé (Ara ararauna), formaram duplas com outras da mesma espécie que já viviam solitárias no Zoológico Mangal das Garças, na capital do Estado, para onde foram encaminhadas.

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As araras foram entregues na sexta-feira pelo caseiro da propriedade, que acionou o instituto e as entregou espontaneamente. De acordo com a legislação ambiental, quem faz a entrega voluntária de um animal silvestre, mesmo se mantido ilegalmente em cativeiro, não é multado. O caseiro disse que as aves chegaram à propriedade há cerca de um mês e como não se alimentavam sozinhas decidiu capturá-las e entregar ao Ibama. Os animais estavam saudáveis.

“Elas podem ter fugido do recinto onde eram criadas. É comum araras cortarem o arame de gaiolas e escaparem. Elas foram amansadas, e a Canindé vocaliza palavras. Dificilmente poderão voltar à natureza porque foram humanizadas”, diz o veterinário Mauro Moraes, da Divisão de Fauna e Pesca do Ibama em Belém. A arara-azul, espécie em perigo de extinção, estava junto com a canindé numa pequena gaiola.

Segundo o Ibama, uma arara-azul resgatada em Altamira, no sudeste do Pará, havia sido entregue ao zoológico em junho e estava sozinha num recinto especial, dado à sua raridade. Uma arara-canindé, ave protegida mas não em perigo de extinção, também estava à espera de um par. A confirmação do sexo das araras será feita por meio de exames de DNA em laboratórios especializados no Rio de Janeiro ou em São Paulo e deverá levar, pelo menos, 20 dias, informou o Ibama.

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