O ministro da Educação, Fernando Haddad, admitiu hoje na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) tem responsabilidade em parte dos erros verificados na última edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – como a troca do cabeçalho no cartão-resposta da prova de sábado.
“Que houve erro não tenho a menor dúvida e o Inep vai apurar. Houve um erro interno e o Inep está apurando”, disse Haddad. “Mas em relação a esses episódios (o vazamento da prova, no ano passado, e a impressão equivocada de parte dos cadernos, em 2010), não houve (responsabilidade), embora tenha caído sobre o Inep um desgaste que não devia ser dele.”
Para Haddad, o Inep sofreu desgaste com erros cometidos contra o próprio instituto, como o vazamento da prova em 2009, revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo. “O Inep foi vítima de um crime”, afirmou ele.
Questionado se havia minimizado os problemas verificados nesta edição, o ministro respondeu que em momento nenhum minimizou o “direito que deve ser assegurado a cada estudante inscrito”. “Um único estudante tem direito igual a todos os demais inscritos”, disse Haddad.