Hotel no Rio tem cancelamento de reservas após invasão

Um dia depois do confronto entre traficantes e policiais, que terminou com a invasão do Intercontinental, onde 35 pessoas foram feitas reféns, o hotel de luxo teve 73 cancelamentos de reservas, entre desistências de hóspedes que estavam por chegar e a saída adiantada daqueles que pretendiam passar mais alguns dias no Rio.

Nem o reforço do policiamento em São Conrado, bairro da zona sul do Rio, levou tranquilidade àqueles que ficaram sob as armas dos criminosos ou trancados em seus quartos por cerca de três horas. A assessoria de Imprensa do Intercontinental informou que não foi oferecida nenhuma compensação financeira aos cinco hóspedes que foram mantidos reféns, ao lado de 30 funcionários. Esses hóspedes estariam recebendo “atenção especial” da direção do hotel.

Durante o dia, carros da PM patrulharam o bairro. Vans foram paradas e fiscalizadas pelos policiais. Não houve novos confrontos. Nove traficantes da favela da Rocinha presos após invasão do Hotel Intercontinental, em São Conrado, no Rio, na manhã de sábado, foram transferidos para o Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste. Um deles, que completou 16 anos, foi encaminhado para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. Os traficantes não quiseram prestar depoimento na delegacia. Decidiram só falar em juízo. Eles foram indiciados por tráfico de drogas, porte ilegal de armas, sequestro e cárcere privado.

Um suspeito, Jonatan Costa Soares, está sob custódia da polícia no Hospital Miguel Couto, no Leblon. Ele foi preso quando estava em uma ambulância na Penha. Segundo a polícia, a ambulância havia sido roubada na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Rocinha depois do tiroteio entre policiais e traficantes. Jonatan estaria indo para o Hospital Getúlio Vargas, na zona norte.

O conflito, que levou pânico aos moradores do bairro de classe média alta, começou quando um “bonde” de bandidos da Rocinha voltava de um baile funk na favela do Vidigal, comunidade próxima, e foi interceptado por PMs, em São Conrado. Uma mulher morreu no conflito e quatro PMs ficaram feridos. Com o grupo foram apreendidos oito fuzis, cinco pistolas e três granadas.

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