Rio – Os hospitais universitários e de ensino de todo o país podem receber mais recursos do governo federal desde que cumpram metas para a melhoria da qualidade no atendimento ao paciente. As exigências vão desde reforma nos prédios, compra de equipamentos, aumento no número de cirurgias e de internações, até o controle das taxas de mortalidade e de infecção hospitalar.
Dos 154 hospitais universitários e de ensino do país, 49 já fazem parte do Programa de Reestruturação iniciado pelo Ministério da Saúde no início do ano passado e hoje (14) mais 14 unidades foram aceitas no programa. Dados divulgados pelo ministério indicam que, com a adesão dessas unidades, chegam a R$ 237,2 milhões os recursos investidos por ano.
O anúncio foi feito pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, José Agenor Álvares da Silva, no 1º Congresso Brasileiro de Hospitais Universitários e de Ensino, que acontece no Rio de Janeiro até este sábado.
O Hospital Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que é o segundo maior da rede no país (perde apenas para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de São Paulo), foi incluído no programa no final do ano passado. Segundo o diretor da unidade, Sílvio Martins, a verba recebida representa um aumento de 20% no orçamento geral.
"Apesar das deficiências, estamos conseguindo equilibrar a receita com as despesas e, com isso, já compramos novos equipamentos, como aparelhos de ultra-sonografia e carrinhos para anestesia. Aumentamos o número de cirurgias e de internações, e também estamos oferecendo mais rapidez no atendimento. Enfim, o paciente vai se sentir mais seguro dentro do hospital universitário", acrescentou.
Os hospitais universitários e de ensino do país realizam de 70 a 80% das grandes cirurgias feitas por ano no país e detêm 9% dos leitos do Sistema Único de Saúde (SUS).