Hospitais interrompem atendimento pelo SUS na Bahia

O primeiro dia da paralisação de atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), promovida por hospitais e clínicas particulares conveniados em Salvador, foi de confusão entre os pacientes. Em diversas unidades, pessoas que não sabiam do movimento tiveram dificuldades para conseguir informações e serem atendidas. A decisão foi tomada ontem em uma assembléia com os proprietários dos cerca de 300 hospitais e clínicas particulares conveniados ao SUS da capital baiana. A greve será por tempo indeterminada.

O protesto teve a adesão de mais de 90% das unidades de saúde, segundo a Associação dos Hospitais e Serviços de Saúde da Bahia (Ahseb). Segundo o governo do Estado, a paralisação foi de metade das unidades. Hospitais públicos e filantrópicos mantêm atendimento normal. De acordo com o presidente do Sindicato dos Hospitais da Bahia (Sindhosba), Raimundo Correia, uma nova assembléia será realizada amanhã. "Vamos avaliar como conduziremos o movimento.

Ontem, foi realizada uma reunião entre representantes do Sindhosba, da Ahseb e os secretários de Saúde do Estado, Jorge Solla, e do município, Carlos Trindade. O objetivo era evitar a paralisação. Na negociação, a prefeitura pediu um prazo de 15 dias para tentar atender às reivindicações dos empresários – a principal delas é o aumento do teto do número de atendimentos pelo SUS por clínica.

Reajuste

Em maio, a prefeitura ajustou o teto alegando readequação financeira e uma tentativa de desestimular que pacientes de outros municípios fossem atendidos na capital. De acordo com os proprietários das unidades, o novo teto reduziu em 25%, em média o repasse de recursos do SUS aos hospitais e clínicas. "Não temos mais como esperar uma solução", afirma o presidente da Ahseb, Marcelo Britto.

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