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Medida visa reduzir consumo de energia elétrica.

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O horário de verão começa este ano à zero hora do dia 14 de outubro e vai até o mesmo horário do dia 16 de fevereiro de 2008. Segundo o Ministério das Minas e Energia, os relógios deverão ser adiantados em uma hora nas regiões sul, sudeste e centro-oeste, mesma área de abrangência dos dois últimos anos.

De acordo com o Operador Nacional do Sistema (ONS), esta 37ª edição da medida pode alcançar uma redução entre 4% e 5% na demanda no horário de pico, o que representa cerca de 2 mil MW. Nas regiões sudeste e centro-oeste, a previsão é de redução na demanda da ordem de 1.745 MW, o que equivale ao dobro da carga de consumo de pico de Brasília. Já na região sul, a redução deverá ser da ordem de 522 MW, equivalente ao triplo da carga de pico da cidade de Florianópolis.

A implantação do horário de verão tem como principal objetivo a redução da demanda máxima durante o horário de pico de carga do sistema elétrico brasileiro. A conjugação de fatores, tais como a mudança de comportamento dos consumidores e o término do expediente de trabalho, ainda com luz natural, associado com o retardo do início da utilização da iluminação pública, reduz a coincidência do consumo de energia elétrica acarretando queda do consumo nos horários de pico de carga no Sistema Interligado Nacional (SIN).

O efeito desloca o horário de ocorrência da ponta e reduz sua intensidade. Como conseqüência, ocorre uma maior segurança e confiabilidade operativa do sistema nas horas mais críticas, minimizando a necessidade de investimentos para atendimentos sazonais em áreas localizadas, evitando-se também a sobrecarga nas linhas de transmissão, subestações, sistemas de distribuição e unidades geradoras de energia.

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O aumento de consumo nessa época é resultado, sobretudo, do incremento da produção industrial, face às encomendas de Natal, e ao aumento da temperatura com a chegada do verão. Historicamente, são alcançados resultados expressivos com a redução da geração térmica para atender o horário de pico, diminuindo o custo de operação do sistema.

Nesta edição, além do Distrito Federal, a medida abrange os mesmos Estados dos últimos dois anos: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Essa abrangência é explicada pelo fato de nesses Estados ser possível um aproveitamento mais eficiente da luz solar nessa época do ano.

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No âmbito regional, nas áreas compostas pelo Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Paraná, prevê-se uma redução de carregamento nas instalações de transmissão e melhoria no controle de tensão em condições normais e em situações de emergência.

Já nas áreas Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul Paraná e Santa Catarina, além dos ganhos na segurança operacional, esperam-se benefícios econômicos expressivos com a redução de geração térmica. A mudança de horário no período do verão é um recurso adotado por diversos países do Hemisfério Norte (de março a outubro) e do Hemisfério Sul (outubro a março). Entre eles, estão grande parte da Europa, os Estados Unidos, Rússia, Austrália, Nova Zelândia, Chile, Paraguai e Uruguai.