O pai de um membro do corpo diplomático brasileiro foi preso na quarta-feira (28) ao se passar pelo filho e tentar entrar no Brasil com equipamentos de informática no valor de US$ 66 mil. O homem, que não teve a identidade revelada, possuía um passaporte vermelho – especial para diplomatas e parentes – e afirmou que todo o material pertencia à embaixada em que servia no exterior. Foram apreendidos com ele dez notebooks, 26 quilos de pentes de memória e outros 14 quilos de aparelhos de música MP3 e MP4.

continua após a publicidade

O homem vinha de Miami e desembarcou por volta das 6 horas no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Ele optou por entrar na fila destinada a quem não tem bens para declarar à Receita. Mas os auditores desconfiaram e fizeram a bagagem passar pelo raio X. Nesse momento, ele disse aos auditores que queria mudar sua declaração, pois era diplomata e o material era da embaixada. Para comprovar, apresentou o passaporte vermelho, que a Polícia Federal comprovou ser verdadeiro.

Além disso, pai e filho possuem praticamente o mesmo nome; a única diferença é que o diplomata possui o complemento “Filho” no final. “Ele disse para consultarmos o nome dele na internet e aí veríamos que ele era realmente do Itamaraty”, disse um dos analistas tributários que atuou no caso. No entanto, dentro do próprio passaporte havia uma mensagem dizendo que se tratava do pai de um membro do corpo diplomático. Mesmo assim, diz a Receita Federal, os diplomatas não poderiam passar com todo aquele material, pois não possuem imunidade tributária para isso.

continua após a publicidade