No centro de polêmicas envolvendo a rede de ensino municipal, o vereador Fernando Holiday (DEM), do Movimento Brasil Livre, foi eleito nesta quarta-feira, 26, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da Câmara Municipal.

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“Pretendo trazer alguns assuntos para serem discutidos na comissão. Dentre eles, a ideologia de gênero. Como as crianças de São Paulo estão lidando com isso, se é algo que está sendo lhes imposto, a partir de qual idade isso está sendo discutido, se está sendo discutido.. enfim, todos os fatores que envolvem essa questão”, afirmou o parlamentar à reportagem, ao comentar sua nomeação.

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Ele disse que também levará à comissão a discussão do Escola Sem Partido. “É algo que envolve diretamente o Estatuto da Criança e do Adolescente. Teremos algumas audiências públicas nesse sentido, além de outras que poderão ser discutidas pelos outros vereadores”.

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Uma “blitz” para verificar se professores faziam “doutrinação” partidária de alunos de um colégio da zona sul da cidade opôs Holiday e o secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider, e se desdobrou em uma série de troca de acusações por meio das redes sociais no mês passado.

A indicação de Holiday trouxe reações entre entidades civis. O coordenador da Comissão da Criança e do Adolescente do Conselho Estadual de Direitos Humanos (Condepe), Ariel de Castro Alves, afirmou ser “lamentável e vergonhoso” que Holiday ocupe o cargo.

“Suas ideias e pregações estão na contramão das pautas dos movimentos e entidades de defesa de crianças, adolescentes e jovens, já que ele defende a redução da maioridade penal, o fim das cotas raciais e o projeto “escola sem partido”, inclusive se propondo a constranger professores”, disse o advogado, em nota distribuída na tarde desta quarta.

Holiday disse que a crítica era “um pouco rasa” e que quem tiver a “cabeça aberta” poderá entender suas colocações, mesmo que termine sem concordar com elas.