A proporção de brasileiros diagnosticados com hipertensão arterial aumentou de 21,6%, em 2006, para 23,3%, em 2010, de acordo com pesquisa divulgada hoje pelo Ministério da Saúde. Em relação a 2009, houve recuo de 1,1 ponto porcentual. Os dados fazem parte da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). No ano passado foram entrevistados 54.339 adultos, nas 26 capitais e no Distrito Federal.
De acordo com a pesquisa, o diagnóstico de hipertensão é maior em mulheres (25,5%) do que em homens (20,7%). Nas mulheres, os mais elevados porcentuais foram observados no Rio de Janeiro (33,9%), Porto Alegre (29,5%) e em João Pessoa (28,7%). Entre os homens, os maiores porcentuais foram constatados no Distrito Federal (28,8%), Belo Horizonte (25,1%) e Recife (23,6%).
A pessoa é considerada hipertensa quando a pressão arterial é igual ou superior a 14 por 9. A doença é causada pelo aumento na contração das paredes das artérias para fazer o sangue circular pelo corpo. Esse movimento sobrecarrega órgãos como o coração, os rins e o cérebro. Quem não trata a hipertensão pode ter entupimento de artérias, acidente vascular cerebral (AVC) e enfarte.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente os medicamentos necessários para o controle da hipertensão arterial. Além disso, os serviços de saúde e as equipes do programa Saúde da Família estão orientados e capacitados para atuar na prevenção da hipertensão.