O Hospital do Coração (HCor) de São Paulo e as sociedades médicas de cardiologia e pneumologia lançam na terça-feira (14), em evento no Instituto de Ensino e Pesquisa do HCor, a Campanha Nacional de Combate à Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP), síndrome grave e de difícil diagnóstico que afeta em torno de 4 mil pacientes no País. O objetivo é estimular a identificação precoce da doença, uma vez que a média de sobrevida dos portadores de HAP sem tratamento é de dois anos.
Um dos objetivos da campanha é alertar as pessoas que a HAP pode ser confundida com outras doenças, sobretudo porque seus principais sintomas – falta de ar, cansaço, dor no peito, tonturas, pele azulada e inchaço nos pés – estão também relacionados a doenças de maior ocorrência, como a cardiopatia isquêmica, a asma brônquica e os estados depressivos.
Nos casos de HAP identificada, mas cuja causa é desconhecida, a média de sobrevida dos portadores é de 2,8 a 5 anos. Em casos mais graves, a sobrevida é em torno de seis meses. As causas para o desenvolvimento de uma hipertensão pulmonar ainda são desconhecidas. O que se sabe é que ela pode ser consequência de outras doenças, como enfermidades cardíacas congênitas, doenças do tecido conjuntivo, exposição a algumas substâncias, incluindo inibidores do apetite, e agentes infecciosos como HIV.
De 6% a 10% dos casos de hipertensão pulmonar são anomalias de origem hereditária. Sempre que um paciente é diagnosticado com hipertensão arterial pulmonar, todos os parentes de primeiro grau (irmãos, filhos e pais) devem ser examinados também. A síndrome afeta todas as faixas etárias e a maior incidência é em mulheres com idade entre 20 e 40 anos. A Campanha Nacional de Combate à Hipertensão Arterial Pulmonar contará também com a veiculação de spots no rádio, internet e televisão.