Brasília – O vice-líder do PSDB na Câmara Federal, deputado Luiz Carlos Hauly, considerou "uma desfaçatez" a forma como o governo federal decidiu cumprir a legislação que determina que o reajuste dos servidores federais seja linear. "O Ministério do Planejamento optou pelo reajuste de apenas 0,01%, e pasmem, teve o aval do presidente Lula", criticou Hauly.
Em abril, o deputado havia proposto uma ação de inconstitucionalidade para que os reajustes do Executivo que estavam sendo concedidos à época fossem lineares. O PSDB decidiu entrar com a Adin em setembro e só agora, com o ano quase terminando, o governo optou pela correção "simbólica" para evitar futuros problemas na Justiça. A Constituição determina a revisão anual e a Lei 10.331 estabelece janeiro como data-base.
Para a maioria do funcionalismo, o aumento não chegará a R$ 1 por mês e será pago aos funcionários do Executivo, ativos e inativos, inclusive àqueles que já foram beneficiados com melhorias salariais diferenciadas.
"O ministro do Planejamento é um gozador, ele está tripudiando sobre o funcionalismo público", criticou o deputado, por considerar um contrasenso às promessas feitas pelo Partido dos Trabalhadores e à atual política de valorização do funcionalismo público.