O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), se reuniu na segunda-feira, 9, por mais de duas horas com a presidente Dilma Rousseff e o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, em Brasília, para negociar a liberação de recursos federais que pagarão obras na capital e a ampliação do limite de endividamento do Município. O Estado apurou que Haddad teve respostas favoráveis da presidente nos dois assuntos.

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Em seus dois primeiros anos de gestão, Haddad só recebeu R$ 418 milhões dos R$ 8,1 bilhões prometidos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), conforme o jornal O Estado de S. Paulo mostrou.

Na segunda, o jornal revelou também que o atraso no repasse dos recursos federais emperra obras de reurbanização de favelas às margens das Represas Billings e do Guarapiranga. Cerca de R$ 1,6 bilhão em recursos federais previstos para o Programa Mananciais está com repasse para a capital atrasado. A autorização para o pagamento aconteceu no ano passado, mas o dinheiro ainda não saiu do Tesouro Nacional.

Além disso, Haddad foi negociar a possibilidade de São Paulo voltar a buscar financiamento para novas obras. Até o final de agosto, último dado disponível, a relação entre a dívida consolidada líquida e a receita consolidada líquida de São Paulo era de 189,1%, segundo dados do Tesouro.

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De acordo com a lei, os municípios não podem contrair empréstimos quando o indicador supera 120%. No entanto, com a sanção da lei que renegociou as dívidas de Estados e municípios com a União, feita por Dilma em dezembro, um desconto à dívida de todos os governadores e prefeitos foi concedido.

No caso de São Paulo, acredita-se que a relação tenha caído para 117%. Com isso, um inédito espaço para ampliação do endividamento se abriu. Para usá-lo, porém, governadores e prefeitos precisam de autorização do Tesouro.

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Viagem

A ideia inicial de Haddad era viajar a Brasília para encontros com a presidente e também com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mas ele viajou anteontem para Istambul, onde participa de reunião com presidentes de Bancos Centrais dos países do G-20.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.