Após aumentar a previsão de gastos com subsídios para empresas de ônibus, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse na manhã desta sexta-feira, 02, que é “precipitado” afirmar se a medida vai garantir o congelamento da tarifa de ônibus em 2016.
Durante inauguração de uma UBS no Butantã, o prefeito foi pressionado por jornalistas para responder se a tarifa será mantida no ano que vem. Haddad preferiu não responder, pois, segundo ele, é cedo para tratar do assunto. Ele disse que a imprensa está “querendo forçar uma discussão que não está na mesa”. “Uma variável importante é que nós devemos soltar o edital de licitação neste mês, então isso pode ter impacto sobre o orçamento do ano que vem, dependendo de como se desdobrar”, afirmou.
Outra variável citada pelo prefeito, que pode refletir nos cálculos do valor da tarifa, é o passe livre. De acordo com Haddad, há na capital 800 mil beneficiários do passe livre: 500 mil estudantes e 300 mil idosos. “Por exemplo, política de gratuidade. Qual é o impacto disso para o ano que vem? Tem que projetar a evolução dos benefícios. Esse número vai aumentar ou vai diminuir? Então, como é que você pode tirar essa conclusão sem ter os dados técnicos na mão?”, disse Haddad.
O prefeito explicou que as decisões sobre aumento da tarifa do transporte público têm sido organizadas em parceria entre as Prefeituras e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
“A política tem sido metropolitana, municipal e estadual e, portanto, essa questão do calendário político não tem sido a tônica das decisões. São Paulo, especificamente, está numa situação peculiar, com o contrato em aberto. Como é que já se tira essa conclusão do que vai ou não vai? Estamos no curso de um processo”, disse.