O prefeito Fernando Haddad (PT) lançou licitação de R$ 891 milhões que prevê a construção de oito piscinões e obras de urbanização em áreas críticas de enchentes nas periferias da zonas leste e sul de São Paulo.

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O pacote antienchente, lançado às vésperas das chuvas de verão, tem seis lotes de obras, incluindo seis reservatórios ao longo na bacia do Rio Aricanduva, na zona leste, e outros dois às margens do Córrego Zavuvus, na zona sul, onde seis pessoas morreram desde 2010 por causa de inundações. A construção desses piscinões foi prevista em 2002 no Plano Diretor.

As obras dos piscinões, porém, não devem estar prontas para as chuvas deste ano. A concorrência deve ser finalizada no final de outubro e os consórcios contratados vão ter 36 meses para construir os piscinões. A previsão é de que parte dos reservatórios fique pronta até o final de 2014.

 

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Os locais que vão receber as obras estão na lista de pontos mais críticos de enchentes, cercados por favelas em áreas de risco. Parte das obras estava prevista no Plano de Metas da gestão Gilberto Kassab (PSD), que chegou a lançar licitação de R$ 750 milhões em novembro, com pacote de obras parecido.

 

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A gestão do PT, porém, decidiu cancelar a concorrência de Kassab para criar uma nova licitação, com previsão de construção de parques lineares ao longo do Rio Aricanduva e do Córrego Zavuvus.

Juntas, as duas regiões que vão receber as obras acumulam ao menos sete mortes causadas pelas enchentes nos últimos três verões. Seis delas foram registradas no entorno do Zavuvus, em Americanópolis. O córrego margeia um grande número de casas precárias, construídas em assentamentos irregulares, que costumam ser cobertas ou mesmo derrubadas pela água que transborda quando chove demais. O curso d’água chegou a ser apelidado por moradores de “córrego da morte” por causa desse histórico.