O prefeito Fernando Haddad (PT) e o prefeito eleito João Doria (PSDB) se encontram nesta sexta-feira, 7, pela primeira vez após o resultado das eleições. A reunião será na sede da Prefeitura e é ainda a primeira para tratar da transição entre os governos. Na pauta principal estarão as finanças municipais e a proposta orçamentária para 2017 já enviada pelo petista à Câmara Municipal. A estimativa de receita proposta é de R$ 54,7 bilhões, valor que nem sequer contabiliza a inflação do período. Se a correção fosse aplicada, o total deveria alcançar R$ 57,9 bilhões.

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Aliados de Haddad acreditam que o petista aproveitará a oportunidade para explicar a Doria que algumas de suas propostas podem comprometer de forma preocupante a saúde das contas municipais. As duas principais são a manutenção da tarifa de ônibus a R$ 3,80 e a decisão de não reajustar o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), ambas no ano que vem. A primeira medida pode elevar os subsídios pagos às empresas do transporte de R$ 2 bilhões para cerca de R$ 2,5 bilhões.

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Nas próximas semanas, aliados de Haddad ainda tentarão convencer o tucano a não descontinuar ações que consideram importante da gestão atual. Ex-secretário municipal de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy – eleito vereador com 301 mil votos, o maior número da história – afirmou que já combinou um encontro com Doria na semana que vem para tratar de temas como Cracolândia e privatizações.

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Suplicy quer convencer o tucano a não tomar medidas já anunciadas por ele durante a campanha, como a extinção das secretarias de Igualdade Racial e Direitos Humanos e do programa De Braços Abertos, que dá moradia e recursos a usuários de crack que aceitam tratamento e trabalho. “Recomendei a ele que falasse com os participantes do programa porque é importante que ele conheça o que aconteceu, quais foram os progressos e como muitos diminuíram o uso de drogas”, disse.

O futuro vereador também citou a importância do programa Transcidadania, voltado à população LGBT. Doria afirmou que esse será mantido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.