O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, fez coro às críticas divulgadas em nota pelo seu partido e siglas da base do governo federal contra a oposição por explorar politicamente o julgamento do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal).
Em debate eleitoral na TV Gazeta na noite de ontem, o petista afirmou que a oposição está sendo “golpista” ao avaliar pedido de investigação contra o ex-presidente Lula por envolvimento no mensalão.
“Entendo que o procedimento adotado pela oposição é completamente irresponsável”, disse o petista.
A ação seria baseada em reportagem da revista “Veja” com declarações atribuídas ao empresário Marcos Valério, considerado na denúncia como o operador do mensalão. Segundo a revista, após ser condenado no STF, Valério tem dito a pessoas próximas que Lula era o “chefe” do esquema.
Na nota, assinada pelos presidentes dos partidos Rui Falcão (PT), Eduardo Campos (PSB), Valdir Raupp (PMDB), Renato Rabelo (PC do B), Carlos Lupi (PDT) e Marcos Pereira (PRB), os dirigentes atribuem a iniciativa da oposição a “desespero eleitoral”.
“As forças conservadoras revelam-se dispostas a qualquer aventura. Não hesitam em recorrer a práticas golpistas, à calúnia e à difamação, à denúncia sem prova”, diz a nota.
Ao ser questionado pela candidata Soninha Francine (PPS), Haddad defendeu a nota e disse que a oposição “tem atacado sistematicamente o governo Lula e o governo Dilma”.
Na sua resposta, o petista atacou também Soninha, lembrando ela foi subprefeita da gestão Gilberto Kassab. “Você fala como se não tivesse participado da gestão Kassab.” Em seguida, citou casos de secretários da atual gestão que respondem por irregularidades na Justiça.