O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou neste sábado (25) que a ação da Polícia Civil na Cracolândia não teve impacto no Programa Operação Braços Abertos, da Prefeitura, e que acha pouco provável que haja novas ações policiais como a da última quinta-feira, na qual cinco pessoas ficaram feridas. “Eu sempre acredito na evolução da espécie. O ser humano comete erros, mas novos, não os antigos”, disse, durante a posse do Conselho Participativo Municipal, no Palácio de Convenções, no Anhembi.
Haddad afirmou que uma beneficiária do programa começa nesta segunda-feira (27) a trabalhar na copa do gabinete da Prefeitura. “A estratégia é movê-los de lugar, para que eles percam o hábito de verem aquele local (Cracolândia) como o único a ser frequentado.” Segundo o prefeito, a mulher, que não teve o nome revelado, tem 42 anos, está grávida do sexto filho e a assistência da saúde viu nela potencial de recuperação de curto prazo. “Achamos que, pela condição dela, deveríamos tentar oferecer uma oportunidade já.”
O ministro da Saúde e pré-candidato do PT ao governo do Estado, Alexandre Padilha, também criticou a ação da Polícia Civil na Cracolândia. Ele já tinha comentado o assunto na sexta-feira (24). “É muito difícil convencer e estimular um médico, enfermeiro ou agente de saúde a salvar a vida de pessoas quando ele está sob risco de levar bombas de gás ou sofrer qualquer tipo de agressão”, afirmou. “Sou otimista de que o trabalho dos médicos possa continuar. É muito importante que eles tenham tranquilidade para continuar salvando vidas e espero que as ações da polícia sigam cada vez mais ações planejadas.” Padilha falou após missa na Catedral da Sé, em homenagem aos 460 anos de São Paulo.
Durante a missa, o Comitê contra o Genocídio da Juventude Preta, Pobre e Periférica promoveu ato do lado de fora da catedral. Uma estudante disse que viu um mendigo ser proibido de entrar na igreja.
Festa
Paulinho da Viola fez o show mais esperado das comemorações. Cerca de 12 mil pessoas, segundo estimativa dos organizadores, foram à Praça da República, no centro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.