Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira (28) que está confiante na aprovação, pelo Senado, da proposta que prorroga até 2011 a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Ao chegar ao ministério, ele afirmou que desconhece "um só governador de estado que seja contra o imposto". "Eles têm consciência de que perderão e que a população mais pobre, a mais necessitada, perderá serviços, se a CPMF for rejeitada".
Para o ministro, o imposto vai ser aprovado também por votos da oposição. "Vai-se criando no país a consciência de que a CPMF é fundamental para que o governo consiga manter, de um lado, a estabilidade fiscal e, de outro, os programas sociais. No momento em que temos uma crise internacional, precisamos nos preocupar em manter os programas sociais, como o Bolsa Família, e da área da saúde, que sofrerão cortes, se houver perda de arrecadação."
Mantega disse que não computa votos, para saber quantos já estão garantidos para a aprovação da CPMF no Senado. Quem o faz, segundo ele, é o ministro de Relações Institucionais, José Múcio. "Eu só conto arrecadação, despesas, pagamentos, mas acredito que, no momento necessário, vai prevalecer o bom senso, e teremos maioria suficiente para aprovação".
Guido Mantega chegou ao Ministério da Fazenda pouco depois da entrada no local de representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI), que estão realizando a segunda visita ao país neste ano. De acordo com o ministro, eles vêm novamente colher dados para elaborar seu relatório rotineiro sobre a economia brasileira.
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