A candidatura do tucano Geraldo Alckmin à Prefeitura de São Paulo já está avalizada pelos principais líderes do PSDB paulista, inclusive o governador José Serra e o ex-presidente Fernando Henrique. A costura política foi feita na segunda-feira (24) pelo presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), que conversou separadamente com todos os envolvidos nessa articulação. O próximo passo agora é acertar uma aliança entre o PSDB e o DEM para um eventual segundo turno contra a petista Marta Suplicy.
Na quarta-feira (26), as cúpulas do PSDB e DEM se reúnem em Brasília para conversar sobre os acordos eleitorais de outubro. "Todo esforço é para não ter dificuldades no segundo turno e que os dois candidatos (Alckmin e Gilberto Kassab) criem as condições de estarem juntos no segundo turno para a vitória que esperamos", afirmou Guerra.
Já convencido da impossibilidade de uma candidatura única do PSDB e DEM na capital paulista, Sérgio Guerra convocou para hoje uma reunião da Executiva Nacional para estabelecer regras das alianças municipais. Os tucanos entrarão no páreo mais flexíveis que o PT e aceitarão fazer coligações com todos os partidos da base aliada, inclusive o PT. "Só não vamos aceitar bandidos ou inimigos declarados do PSDB", afirmou o senador tucano.
As direções partidárias só vão interferir em caso de problemas graves. Se os conflitos surgirem em municípios com menos de 50 mil habitantes, a decisão ficará a cargo do diretório estadual. O comando nacional interferirá apenas nas cidades com mais de 50 mil habitantes. "As eleições municipais têm características próprias e teremos compreensão ampla e flexível e desejo que tudo se resolva em nível local", afirmou Sérgio Guerra, acrescentando que o PSDB não vai nacionalizar as eleições municipais.