A comissão de Direitos Humanos e Defesa da Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio e representantes de 68 movimentos sociais solicitaram esta tarde, ao governo do Estado, que forneça informações precisas sobre o número de óbitos nas operações policiais realizadas desde 17 de outubro, quando um helicóptero da Polícia Militar explodiu ao fazer um pouso forçado depois de ser atingido por tiros. O pedido inclui ainda a identificação de todos os mortos.
Em frente ao prédio da Secretaria de Segurança Pública, no centro do Rio, manifestantes colocaram 40 cruzes pintadas de branco em vasinhos de planta para representar os mais de 40 mortos nos confrontos. Nas cruzes havia interrogações, para demonstrar que nem todos os mortos foram identificados.
“Nós temos informações de pessoas de comunidades onde aconteceram as operações de que houve mais mortes do que a polícia revela. No discurso do combate às drogas, os policiais entram nas comunidades para revidar e travam combates. Os indivíduos que morrem não aparecem”, disse a advogada Fernanda Vieira do Centro de Assessoria Jurídica Popular Mariana Criola.
A solicitação foi entregue ao subsecretário estadual de Inteligência Rivaldo Barbosa de Araujo Junior, já que o secretário José Mariano Beltrame está em Brasília.