Grupo liberta 156 escravos na Bahia

Barreiras – Uma das principais atividades econômicas do Noroeste da Bahia cresce com o calor das carvoarias. Esse carvão, no entanto, é produzido em grande parte, com trabalho escravo ou degradante. Somente em quatro fazendas visitadas pelo Grupo Móvel de Fiscalização do Ministério do Trabalho na região, foram encontrados 156 trabalhadores em situação de trabalho escravo ou degradante.

Nessas fazendas, na região de São Desidério e Baianópolis, no Noroeste da Bahia, há várias carvoarias espalhadas pela propriedade. Junto aos fornos, cuja temperatura quando acesos passa dos 40º C, ficam os alojamentos feitos de lona e madeirite. Em alguns, já foram feitos barracões de alvenaria mas, mesmo nesses casos, não há nenhum tipo de ventilação que possa aliviar o forte calor.

Dentro dos alojamentos -tanto o de lona quanto o de alvenaria a cena é a mesma: colchões amontoados, roupas e objetos pessoais espalhados ao lado de alimentos e produtos de higiene.

Some-se a esse cenário, jornadas exaustivas e a falta de segurança no trabalho. A mistura é a fórmula mágica de lucro fácil de alguns produtores no Brasil. Na ponta da cadeia produtiva do carvão estão as siderúrgicas. No caso da fazenda, arrendada por Leliano Sérgio Andrade – visitada pelo Grupo Móvel de Fiscalização – ficou comprovado que a Sideruna Comércio e Indústria Ltda., empresa de Minas Gerais, comprava o carvão produzido.

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