Em meio aos esforços para aprovar a emenda que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011, o governo montou nesta quarta-feira (28) um grupo especial para resolver dificuldades e divergências na bancada governista no Senado.
A "sala de situação" é formada pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, da Casa Civil, Dilma Rousseff, e da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, José Múcio Monteiro.
O grupo apresentará todos os dias um boletim para o presidente Luiz Inácio Lula a Silva sobre as negociações com os senadores e a análise das pendências com a base aliada. "É preciso rever todos os problemas na base, caso por caso", disse Lula, numa conversa com assessores, hoje, segundo um interlocutor dele.
A orientação da administração federal é que sejam atendidas demandas e cumpridos acordos feitos, mas sempre de forma "decente", afirmou um assessor. Ministros avaliam que Lula "agora" entrou forte nas negociações e "tomou as rédeas" do processo de entendimento com os parlamentares.
O presidente, a partir de agora, intensificará contatos e manterá conversações com governadores e senadores para assegurar a aprovação da CPMF. Lula, segundo um interlocutor, mantém confiança nos ministros e auxiliares que estão nas negociações.
É o caso do subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência, Marcos Lima, que foi acusado pelo senador Geraldo Mesquita (PMDB-AC), rebelde da base, de tentar cooptar votos. "Nós confiamos no Marcos Lima", disse um assistente do Poder Executivo.
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