Funcionários, estudantes e professores grevistas consideram o dia de hoje decisivo para o futuro do movimento. Um ato reunirá as três partes na frente da reitoria da Universidade de São Paulo (USP), a partir do meio-dia, seguido de uma passeata de funcionários e alunos. Estes tentarão fechar o portão principal do câmpus Butantã por algumas horas. Eles reivindicam a saída da Polícia Militar da universidade e a reabertura de negociação salarial com a reitora Suely Vilela, interrompida no último dia 25. A expectativa é a de que as manifestações obriguem a reitora a ceder.
Ontem, o Fórum das Seis (que representa alunos, funcionários e professores da USP, Unicamp e Unesp) passou o dia organizando a mobilização. Ao menos 250 pessoas da Universidade Estadual de Campinas e da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba, virão de ônibus para participar do ato na capital. Outras unidades também enviarão representantes. Funcionários da USP iniciaram a greve em 5 de maio. Professores e alunos ingressaram no movimento na semana passada, mas a adesão continua baixa.
Questionado sobre a presença da PM na USP, atendendo a ordem judicial de reintegração de posse solicitada pela reitora, o secretário estadual de Educação, Paulo Renato Souza, afirmou que não opinaria sobre assuntos internos de uma autarquia, autônoma (mais informações no caderno especial sobre formação de professores). O Conselho de Reitores já afirmou que só retoma a negociação quando cessarem as “ações coercitivas” dos manifestantes.