Protesto

Grevistas da USP repudiam ameaça de corte de ponto

Funcionários da Universidade de São Paulo (USP), em greve há quase dois meses, reclamaram de ameaças de corte de ponto após circulação de informe interno nesta semana. O documento, feito pela procuradoria jurídica da USP, orienta os diretores das unidades sobre as possibilidades de registro de faltas, o que pode levar ao desconto nos salários dos manifestantes.

O Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) divulgou nota de repúdio ao documento nesta quarta-feira, 23. A entidade considerou a divulgação do informe uma tentativa da reitoria de restringir os direitos de greve e de manifestação. A assessoria de imprensa da universidade informou que o objetivo era apenas esclarecer os diretores de unidades sobre o registro de ponto.

Dezenas de servidores protestaram nesta quarta contra a medida da reitoria na porta do Hospital Universitário (HU), na zona oeste da capital. Durante o ato, entre 6h15 e 7h30, o grupo bloqueou a entrada de funcionários e pacientes. De acordo com a assessoria de imprensa do HU, não houve prejuízos nos atendimentos de urgência e emergência.

Professores e funcionários das universidades estaduais cruzaram os braços no fim de maio contra o congelamento de salários proposto pelos reitores. A justificativa para o reajuste zero foi a crise financeira das instituições, que gastam praticamente toda a receita com a folha de pagamento. Os alunos da USP, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) também apoiam o movimento das categorias.

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