Em meio a uma grave epidemia de arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti e a um surto de microcefalia, os moradores do Recife ganharam, na terça-feira, 1º, novos motivos para preocupação. Servidores de diversas áreas da administração municipal decretaram greve por tempo indeterminado. A medida foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo.

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Com os salários atrasados há três meses, os médicos do Hospital Maria Lucinda, localizado no bairro do Parnamirim, na zona norte do Recife, paralisaram os atendimentos. De acordo com a Secretaria de Imprensa da Prefeitura do Recife, pelo menos outras duas unidades de saúde vinculadas à administração municipal tiveram o atendimento prejudicado. Já pelas contas do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Municipais da Administração Direta e Indireta da Cidade do Recife (Sindspre), a paralisação atingiu 34 das 169 unidades do Sistema Municipal de Saúde.

Os servidores municipais pedem aumento de 13,19% nos salários e mais 18,53% no vale-refeição. O governo oferece propostas que variam de 1,5% até 7,5% – condicionadas à receita.

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O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Maceió (Sindspref), Alessandro Fernandes, afirmou que o programa de combate ao Aedes aegypti está parado na capital de Alagoas, por causa da greve dos servidores da saúde, que ocorre desde o dia 22. Os servidores pedem reajuste de 14%. A prefeitura diz que só tem possibilidade de pagar 2% e que o combate ao mosquito está “prejudicado, mas não inviabilizado”.

Em Minas, um dos Estados em que a dengue mais preocupa, o Sindicato dos Servidores da Saúde teme que o corte de recursos anunciado pelo governador Fernando Pimentel (PT) afete ações – o governo nega problemas. (Colaboraram Carlos Nealdo e Leonardo Augusto, especiais para AE)

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.