A greve deflagrada pelos funcionários dos Correios entrou em seu segundo dia, com índice de adesão de 70%, de acordo com balanço inicial fornecido pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (FENTECT). A entidade informa que, com a adesão dos trabalhadores de Santa Catarina e do Amazonas, já chega a 22 o número de Estados que entraram no movimento, além do Distrito Federal. Os Correios, por sua vez, informam que o índice de adesão à greve é de apenas 21,47%.

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Hoje, uma comissão se reúne com o senador Paulo Paim (PT/RS), para discutir a proposta formulada à categoria pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa, para tentar encerrar a paralisação. A oferta é no sentido de estender por mais 90 dias o pagamento dos 30% que vinham sendo pagos a título de adicional de periculosidade aos carteiros. Os trabalhadores, no entanto, insistem que esses 30% sejam definitivamente incorporados aos salários. Além disso, desejam que toda e qualquer proposta seja feita por escrito.

Os funcionários dos Correios também pretendem discutir as questões do Plano de Cargos e Salários e da participação nos lucros. Eles alegam que, no ano passado, receberam entre R$ 600 e R$ 800, mas que, em 2008, o valor pago foi em torno de R$ 250. No período da tarde, a categoria realiza assembléias nos Estados para avaliar o movimento.

Segundo a assessoria de imprensa dos Correios, em Brasília, a base nacional de trabalhadores é de cerca de 97 mil. Destes, apenas pouco mais de 18 mil não compareceram por conta da paralisação. A assessoria explicou que o setor mais afetado é o da distribuição, uma vez que a greve atinge praticamente os carteiros, e informou que todas as agências no País estão abertas. A assessoria confirmou ainda que permanecem suspensos hoje os serviços de ‘hora certa’, como o Sedex 10, Sedex Hoje e o Disque Coleta.

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