A greve no campus de Franca da Unesp (Universidade Estadual Paulista) completa 20 dias nesta quinta-feira, 13. À tarde, a partir das 16h, acontece uma assembleia para discutir os rumos do movimento. A paralisação começou com os professores e funcionários e depois ganhou adesão dos estudantes.

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No interior do campus está tudo parado, praticamente nada funciona e é até difícil achar alguém. Isso porque, segundo os grevistas, a grande maioria dos 148 empregados e 120 docentes aderiu ao movimento que interrompeu as aulas e fechou as repartições da universidade, até mesmo a biblioteca e o refeitório.

A paralisação ocorre após o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) anunciar, no mês passado, o reajuste salarial de 6,57% para docentes e servidores técnico-administrativos. Os trabalhadores da Unesp alegam que ganham menos que os funcionários das outras universidades do Estado e contam com menos benefícios. Por isso, além de um aumento maior, querem a equiparação salarial.

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Segundo o presidente da Associação dos Servidores da Unesp (ASU) de Franca, Carlos Augusto de Carvalho, o que a categoria reivindica é a isonomia de salários e benefícios com os da USP e da Unicamp. Com a greve, apenas os procedimentos administrativos emergenciais estão sendo feitos na unidade.

Estudantes

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Os alunos do campus de Franca elaboraram uma outra lista de reivindicações que foi apresentada ao diretor da unidade. Eles alegam que não obtiveram um retorno favorável da instituição e, por isso, também entraram em greve. Entre as reivindicações constam maior segurança ao redor do campus, onde uma estudante recentemente foi violentada, a ampliação do restaurante, a criação da moradia estudantil e a reforma da biblioteca.

A participação no movimento, porém, divide opiniões entre os estudantes. Um abaixo-assinado que circula na internet conta com mais de 130 assinaturas contrárias à paralisação. Em Franca são ministrados os cursos de Direito, História, Serviço Social e Relações Internacionais.

Sem adesão

Na Unesp de Jaboticabal (SP), também na região de Ribeirão Preto, a adesão ao movimento é bem menor. Os professores não teriam parado, apenas uma parte reduzida dos funcionários, o que garantiu a continuidade das aulas.