Dezenas de estações do Metrô de São Paulo amanheceram esta quarta-feira, 18, fechadas, por conta de uma greve confirmada em assembleia realizada pelo Sindicato dos Metroviários. A paralisação lotou as paradas de ônibus e trouxe mais veículos para as ruas já no início da manhã.
O transporte por ônibus é uma alternativa para quem tentava chegar ao trabalho, mas nem todos enxergavam viabilidade. “Estou esperando aqui porque pegar ônibus não vale a pena para mim. Chegaria muito atrasado. Caso a estação não abra, vou voltar para casa”, disse o encanador José Augusto Pereira, de 35 anos, que aguardava informações em frente à estação Jabaquara, na zona sul, e seguiria para a estação Belém, da linha 3-vermelha.
O Metrô conseguiu colocar alguns trechos em operação utilizando funcionários que não aderiram à greve. Na Linha 1-Azul, os trecho disponível, por volta das 7h, era o Ana Rosa-Luz. Na 3-Vermelha, trens percorriam o trecho entre Bresser-Mooca e Marechal Deodoro. Na 2-Verde, os trens funcionavam parcialmente entre Paraíso e Vila Madalena e na Linha-5 Lilás, de Capão Redondo até Adolfo Pinheiro.
O protesto, segundo os sindicalistas, é contra a privatização das linhas 5-Lilás e 17-Ouro, marcada para ocorrer na sexta-feira, dia 19. A greve deve durar 24 horas, de acordo com o anúncio feito pelos metroviários.
Por causa da confirmação de greve, a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes (SMT) informou que suspendeu o rodízio municipal de veículos e a cobrança de Zona Azul na capital. Carros com placas final 7 e 8 poderão circular pelo Centro expandido normalmente durante todo o dia.