Greve dos caminhoneiros afeta principais portos

O movimento grevista que reúne caminhoneiros de todo o País, apelidado de ?Paradão?, pela categoria, começou a apresentar os primeiros resultados hoje (26), depois de um primeiro dia de poucas adesões, no domingo.

Os números fornecidos pelos organizadores da paralisação  que estimam a participação em 80%, não batem com as estatísticas da Polícia Rodoviária e das concessionárias que administram as estradas, mas o movimento de alguns dos principais portos do País, como o de Paranaguá, no Paraná, e o de Santos, em São Paulo, já está sendo afetado.

O presidente da Federação Nacional dos Caminhoneiros Autônomos (Fetrabens), José Fonseca Lopes, garantiu que a adesão da categoria será praticamente total até o dia de amanhã (27). ?Ainda não havíamos conseguido mobilizar o Estado do Rio, mas eles já concordaram em participar?, afirmou.

De fato, a Nova Dutra, concessionária que administra Via Dutra, não havia registrado diferenças no fluxo de caminhões até a tarde de hoje. A categoria quer 30% de redução por seis meses no preço do óleo diesel, aumento no valor do frete, sem reajuste há oito anos, redução nas tarifas de pedágio e mais segurança e fiscalização nas estradas.

A AutoBAN, empresa responsável pelas Rodovias Anhangüera e Bandeirantes, informou que houve queda de 20% no tráfego de veículos pesados, enquanto na Rodovia Castelo Branco, administrada pela Via Oeste, a redução foi de 25%. A Ecovias, que responde pelas principais vias de acesso ao Porto de Santos, divulgou que houve diminuição de 30% no movimento de caminhões até as 10h de hoje, mas a situação se normalizou à tarde.

Paranaguá – No Paraná, o pátio do Porto de Paranaguá viu diminuir sensivelmente o número de caminhões. Em uma segunda-feira normal, entre 1.200 e 1.500 caminhões estariam no pátio no início da tarde. Hoje havia apenas 120. Apesar disso, o trabalho do porto não foi afetado, em razão do estoque de produtos nos armazéns e pelo transporte ferroviário de grãos.

Segundo o presidente do Sindicam, Diumar Bueno, a adesão dos caminhoneiros foi considerada ?satisfatória?. O Estado tem cerca de 80 mil caminhoneiros, dos quais 12 mil filiados ao sindicato. Bueno disse que muitos dos que ainda circulavam no Paraná hoje estavam retornando para casa.

A Assessoria de Imprensa do Ministério dos Transporte informou que as reivindicações dos caminhoneiro estão sendo estudadas.

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