A greve dos motoristas e cobradores de ônibus deixou milhares de pessoas sem transporte coletivo pelo quarto dia consecutivo em Porto Alegre. Nesta quinta-feira, 30, alguns veículos de empresas que atendem a zona leste da cidade saíram às ruas ao amanhecer, mas foram insuficientes para atender a demanda de todos os passageiros que esperavam por transporte nas paradas. Nas demais regiões da cidade, os ônibus ficaram retidos nas garagens.
Assim como nos dias anteriores, a população recorreu às lotações, autorizadas a transportar usuários em pé, à carona e à divisão de custos para pagar corridas de táxi. A paralisação reduziu o movimento do comércio nas ruas centrais da cidade. A maioria dos empregados chegou para trabalhar, mas boa parte dos clientes prefere esperar a volta do transporte coletivo para ir às compras.
Os rodoviários querem 14% de aumento salarial. As empresas oferecem 5,56%. A Justiça considerou a greve ilegal. Na terça-feira, 28, uma determinação obrigou a categoria a manter 70% da frota em operação nos horários do pico, ao amanhecer e ao entardecer, e estabeleceu multa de R$ 50 mil para cada dia de descumprimento da ordem, a ser paga pelo Sindicato dos Rodoviários.