Greve afeta 350 mil alunos da rede estadual de Alagoas

Cerca de 350 mil alunos da rede estadual de ensino estão sem aulas em Alagoas por causa da greve dos trabalhadores da educação. A paralisação, que deve durar uma semana, começou hoje em Maceió e está programada para se espalhar pelo interior a partir de segunda-feira. Apenas algumas escolas, que estão ameaçadas de fechamento por causa da evasão escolar, decidiram continuar funcionando.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), a greve é um protesto contra o descaso com que o governo trata o ensino público no Estado. “Estamos reivindicando um reajuste salarial que reponha a defasagem de mais de quatro anos sem aumento nos nossos vencimentos. Além disso, exigimos melhores condições de trabalho e a implantação de uma política de valorização dos servidores”, afirmou Célia Capistrano, presidente do Sinteal.

A greve foi decidida em assembleia geral realizada pela categoria na quarta-feira. Os trabalhadores rejeitaram a proposta de reajuste salarial de 7%, apresentada pelo governo do Estado, e decidiram paralisar as atividades por uma semana. Outras categorias, como os policiais civis, os agentes penitenciários e os servidores de oito órgãos ligados à agricultura e ao meio ambiente, também estão em greve.

O governo do Estado anunciou que não negocia com os grevistas e que o reajuste salarial de 7% é o máximo que pode conceder. Além disso, o governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) fez um alerta: se os servidores não aceitarem o reajuste de 7% até o dia 30 de maio, voltará a valer o reajuste de 5,91%, apresentado anteriormente.

No maior complexo educacional da capital, o Centro de Pesquisas Aplicadas (Cepa), localizado no bairro de Farol, muitos alunos não tomaram conhecimento do movimento grevista e compareceram às escolas, mas tiveram de voltar mais cedo para casa. Outros ficaram, porque dependiam do transporte escolar para voltar para casa.

“Se até a semana que vem não houver qualquer decisão do governo, já na próxima assembleia deveremos deliberar sobre a paralisação por tempo indeterminado ou o estado de greve permanente”, afirmou a diretora e ex-presidente do Sinteal, Girlene Lázaro. “Enquanto isso, o Sinteal vai realizar visitas às escolas para convocar, além da categoria, alunos para participar da nossa luta em defesa do ensino público de qualidade”, disse a ex-presidente. O objetivo, segundo ela, é fortalecer ainda mais a luta em torno da pauta de reivindicações.

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