Gravidez na adolescência não é problema tão grave no país

A gravidez na adolescência já não é um problema tão grave no país, segundo o Ipea. Em 1992, a cada 1.000 jovens na faixa de 15 a 19 anos, 88 tinham filhos. O número baixou para 58 em 2011.

De acordo com o Ipea, que baseou o estudo em dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), a fecundidade entre adolescente caiu em todas as regiões do país. O declínio maior, porém, ocorreu no Nordeste.

Entre as adolescentes com filhos, caiu a proporção das que tinham cônjuges – de 56% em 1992 para 37,3% em 2010. Nesse período, as que se declaravam como filhas dentro da família (e provavelmente solteiras) passou de 28,4% para 36,7% do total de mulheres na faixa de 15 a 19 anos com filhos.

Cresceu ainda a proporção de adolescentes que chefiavam famílias – de 1,9% em 1992 para 9,7% em 2011.

Família

Segundo os dados cruzados pelo Ipea, a redução da natalidade e a inserção maior da mulher no mercado de trabalho mudou o perfil dos arranjos familiares no país. O grupo de casal sem filhos subiu de 11,7% das famílias em 1992 para 17,4% em 2011. Já o de casal com filhos declinou de 62,8% para 48,3% do total.

 

As mães com filhos que eram chefes do domicílio passaram a corresponder a 15% em 2011 – o percentual 12,3 em 1992. Também cresceu o peso de mulheres e homens vivendo sozinhos no conjunto dos lares brasileiros, alcançando 9,5% e 7,9%, respectivamente, em 2011.

 

De acordo com o Ipea, a proporção de mulheres chefes de família (incluindo as casadas) subiu de 19,3% em 1992 para 36,6% em 2011. Nesse intervalo, a contribuição das mulheres para a renda das famílias brasileiras cresceu – de 30,1% para 41,5%.

Pelos dados do instituto, 66,3% das mulheres casadas ajudavam, em alguma medida, a compor a renda familiar.

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