Dezoito empresas de destaque no cenário nacional assinaram ontem carta em que se comprometem a buscar a “redução contínua” de suas emissões de gases de efeito estufa, que provocam o aquecimento global. No documento, elas também se obrigam a divulgar anualmente o quanto emitiram de CO2. Entre as signatárias do documento estão a Vale, o Grupo Pão de Açúcar, a Camargo Corrêa, a Natura e a CPFL Energia. Porém, ao assumir compromissos, o empresariado também cobrou ações do governo.

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As empresas querem que o País lidere as negociações na conferência do clima de Copenhague, em dezembro. Pedem ainda que o governo produza estimativas anuais de emissões e, a cada três anos, apresente um inventário. Outra reivindicação é que o governo simplifique a avaliação de projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Por esse mecanismo, as nações ricas podem comprar créditos de carbono de projetos sustentáveis feitos em países em desenvolvimento. Essa é uma forma dos industrializados conseguirem atingir suas cotas de redução de emissões de gases-estufa.

Faltam cerca de cem dias para a reunião de Copenhague, quando os países definirão as metas de redução de emissões de CO2 que valerão para o segundo período do Protocolo de Kyoto, em 2013. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, presente ontem no fórum Brasil e as Mudanças Climáticas, realizado em São Paulo, onde as empresas entregaram a carta, afirmou que o País levará para Copenhague um “número” – o governo evita falar em meta – que significará um declínio da curva das emissões brasileiras de CO2.

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