Os governos federal e de São Paulo anunciaram na tarde de hoje a criação de uma agência de atuação integrada para combater o crime organizado em São Paulo. A medida é uma das seis anunciadas hoje após reunião entre o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

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A agência irá integrar os setores de inteligência da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria Nacional de Segurança Pública, Polícia Militar, Polícia Civil, Receita Federal, Secretaria da Fazenda, Ministério Público, entre outros.

Além da criação dessa força de atuação conjunta, foi definida ainda a transferência de presos para penitenciárias federais. A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) ainda estuda quantas e como serão feitas as transferências dos detentos, mas Cardozo já adiantou que não vai divulgar nomes ou números relativos a essas transferências por questões de segurança. Também não foram dados detalhes sobre o custo dessa atuação em conjunto.

Também foram anunciadas ações de contenção nos pontos críticos de acesso ao Estado – rodovias, portos e vias aéreas-, um programa de enfrentamento ao crack, aperfeiçoamento da Polícia Científica e a criação de um centro de comando e controle integrado.

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Durante a reunião para discutir as medidas, foi descartado o envio de tropas do exército e Força Nacional de Segurança para atuar em São Paulo. O argumento é que o Estado de São Paulo já possui um contingente numeroso, com ao menos de 100 mil homens da PM e outros 30 mil da Polícia Civil.

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Outro ponto ressaltado pelo ministro e pelo governador é a necessidade de “asfixiar” financeiramente as organizações criminosas, como o PCC (Primeiro Comando da Capital). Por isso, a previsão de atuação conjunta entre Receita Federal e Secretaria da Fazenda.

Os anúncios foram feito após uma série de troca de farpas entre o secretário da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre a oferta de ajuda federal para conter a violência em São Paulo.