Brasília – O governo brasileiro vai sacar a quarta parcela prevista no acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), no valor de US$ 9,1 bilhões, nos próximos dias. O dinheiro deve ser liberado no próximo dia 13, quando a diretoria do fundo se reunirá para aprovar o relatório elaborado por sua equipe técnica, com base nos indicadores brasileiros. Segundo um integrante do governo, o País vai retirar a nova parcela e já avisou sua intenção ao FMI. O dinheiro será usado para engordar as reservas cambiais e não poderá ser gasto em investimentos ou em áreas sociais. Uma semana depois de receber a parcela de US$ 9,1 bilhões do FMI, o Brasil terá que desembolsar nada menos que US$ 4,5 bilhões para o próprio fundo. Essa é apenas uma das parcelas da dívida que o País tem com o organismo que vence este ano e está prevista para o dia 20 de junho.
A intenção do governo é pagar a prestação, mas essa decisão ainda pode ser reavaliada até a data do vencimento da dívida. Pelas regras do FMI, o Brasil tem a possibilidade de prorrogar o pagamento dessa parcela pelo prazo de um ano. Até quinta-feira passada, as reservas internacionais estavam em US$ 43,56 bilhões. Com os recursos da nova parcela, as reservas devem ultrapassar US$ 50 bilhões. Descontada a amortização de junho, no entanto, esse valor cai para cerca de US$ 45 bilhões, o que dá ao governo um poder de fogo de cerca de US$ 40 bilhões. Isto porque, pelas regras do acordo com o FMI, o piso das reservas deve ficar em US$ 5 bilhões.