Brasília – O presidente interino do Senado Federal, Tião Viana (PT-AC), disse nesta sexta-feira (9) que o governo manterá o acordo com o partido Democratas, de garantir a votação, na Comissão de Constituição e Justiça da Casa, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga até 2011 a cobrança da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF).
Segundo ele, a garantia foi transmitida ao presidente da comissão, Marco Maciel (DEM-PE), que encaminhou nesta sexta-feira um ofício à Mesa Diretora da Casa prorrogando por 30 dias o prazo para análise da PEC.
"Ele [Marco Maciel] estava com medo de o governo obstruir a sessão da comissão para não dar quórum", afirmou o petista, que conversou por telefone com Maciel.
O semador do DEM telefonou ao colega para comunicar a iniciativa de se precaver de qualquer manobra da base governista de levar direto para o plenário a votação da PEC, sem a apreciação da comissão.
Tião Viana disse que o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), "deu a palavra" que a base aliada estará presente na segunda-feira (12) para a discussão do parecer da relatora Kátia Abreu (DEM-TO) e, na terça-feira (13), para votação.
O presidente interino da Casa considera que ainda há possibilidade de se "construir um entendimento" para votar a prorrogação da cobrança da CPMF, no plenário do Senado, entre o dia 10 e 20 de dezembro.
A líder do bloco governista, Ideli Salvati (PT-SC) recebeu "com surpresa" a decisão do senador Marco Maciel de prorrogar a análise da PEC.
Em nota, ela desmente qualquer articulação política "fora do acordo com a oposição no sentido de realizar a votação da matéria na próxima segunda-feira".
