O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério das Minas e Energia, Márcio Pereira Zimmerman, disse que a descoberta de petróleo leve e gás em poço da Bacia de Santos, com volume estimado de cinco a oito bilhões de barris, não muda estratégia do governo brasileiro para os biocombustíveis.

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Ele participou na manhã desta sexta-feira (9) no seminário XI Enerj – Energia para o Rio de Janeiro, na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ). O secretário fez o comentário quando questionado por repórteres se o interesse da União pelo etanol (álcool combustível), por exemplo, poderia ser diminuído, dada a perspectiva da influência positiva que essa grande reserva de petróleo e gás poderia conduzir ao setor de combustível no País. "Nossa estratégia não muda em nada (para o setor de biocombustíveis)", disse.

Segundo ele, o governo continua com intenção firme de elevar a participação de fontes renováveis na matriz energética brasileira, dos atuais 44,5% para 46,6%. "O Brasil quer manter na matriz energética suas fontes renováveis", disse. Quando questionado se investimentos destinados inicialmente ao setor de biocombustíveis poderiam ser repassados para a área de petróleo, tendo em vista o alto potencial da reserva na Bacia de Santos, e o possível elevado custo para a exploração do poço, o secretário argumentou que "são segmentos totalmente independentes".

Ele lembrou que o setor de etanol é fortemente capitalizado pelo setor privado, e tem características diferentes, em termos de investimento, quando comparado com o de petróleo – que tem uma participação maior da União, com a Petrobras sendo a empresa que mais investe nesse setor no País.

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