Brasília (AE) – A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, informou hoje (8) que o governo vai lançar nos próximos dias um conjunto de medidas para melhorar a gestão da administração pública e tentar reduzir a corrupção. Segundo Dilma, pior do que a corrupção é a "corrupção impune". Ela garantiu que o governo está tomando todas as medidas para investigar e punir os envolvidos nas denúncias de irregularidades.
Para a ministra, porém, serão necessárias medidas para racionalizar e dar maior eficiência à administração pública. "No momento de crise, a gente precisa ser capaz de transformar a crise em oportunidade para fortalecer as instituições". A seu ver, a reforma ministerial e todas as modificações em curso irão contribuir para debelar a crise política no País. Ela deu as declarações após participar da solenidade de formação de novas turmas de agentes e peritos policiais na Academia Nacional de Polícia Federal, ao lado do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.
O "choque de gestão" a que se referiu a ministra deverá ser anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana, após concluir a reforma ministerial e as trocas de comando nas empresas estatais. A idéia do governo é melhorar a qualidade dos gastos públicos e evitar desperdícios. Os focos serão a Previdência Social e as áreas de transportes e saúde.
O principal documento em estudo na área técnica era um decreto presidencial determinando que Estados e municípios utilizem o pregão eletrônico nas compras com verbas federais. Por exemplo: as compras de merenda e material escolar e a aquisição de medicamentos para o Sistema Único de Saúde (SUS). Esses programas são geridos por prefeitos e governadores, mas o dinheiro é federal. Os gastos passarão a ser feitos pelo pregão eletrônico.
Outra medida já em preparação é uma grande arrumação nas verbas do Orçamento deste ano. Programas que estão parados ou andando devagar perderão verbas para outros que estejam caminhando mais rápido. A arrumação atingirá principalmente a área de infra-estrurura, como é o caso das estradas.