Brasília – O governo federal decidiu construir um novo aeroporto no estado de São Paulo para dar conta do aumento do número de vôos e evitar o sobrecarregamento do Aeroporto Internacional de Congonhas. A resolução foi tomada nesta sexta-feira (20) pelo Conselho de Aviação Civil (Conac). Segundo a Aeronáutica, a obra não será realizada em nenhuma cidade onde já há aeroportos, como São Paulo, Campinas, Guarulhos ou São José dos Campos.
A resolução determina que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Comando da Aeronáutica têm 90 dias para apresentar áreas em que seja possível construir o novo aeroporto. O local tem de ser afastado da área urbana, segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
"Quando a gente escolher o novo sítio, temos de tomar precauções sobre a área de segurança ao redor do aeroporto", afirmou, em entrevista coletiva à imprensa após a resolução. "Nossa preocupação com Congonhas não é com a qualidade da pista, é que está no meio da maior cidade da América Latina". O local da nova obra não vai ser anunciado com antecedência, segundo Dilma, para evitar especulação imobiliária.
A função do novo aeroporto, segundo Dilma, será receber conexões e vôos internacionais. O Conac também divulgou resolução hoje (20) dando 60 dias para a Anac redistribuir os vôos do país com o objetivo de garantir que, em Congonhas, haja apenas "vôos de ponto a ponto".
A medida acaba com o uso do aeroporto da capital paulista para escalas de vôos dentro do país. "Não se pode usar mais para fazer conexões", afirma Dilma.