A chuva que atinge a Região Serrana desde a noite de ontem já provocou uma morte e fez com que o governo federal mobilizasse técnicos e preparasse medidas para atender oito municípios que estão em estado de alerta.
Seis técnicos de Brasília vão para o Rio ainda hoje, cestas básicas serão enviadas e a Força Nacional do Sistema Único de Saúde mobilizada para atender famílias retiradas das áreas de risco. É a primeira vez, desde o lançamento do plano nacional contra desastres naturais em agosto, que a Região Serrana do Rio recebe apoio da recente estrutura federal.
De acordo com o secretário nacional de Defesa Civil, Humberto Viana, o monitoramento da região já apontava volume de chuvas acima de 80 milímetros num período de 24 horas – que obrigam o deslocamento de moradores em razão do risco que esse volume oferece. Contudo, o governo esperava que as chuvas se intensificassem somente no final de novembro e não agora.
O sistema por alerta de sirene foi acionado, pessoas foram retiradas de área de risco e deslocadas por abrigos. Uma morte, segundo a Secretaria Nacional de Defesa Civil, foi confirmada na cidade de Trajano de Moraes.
Sirenes falharam
No entanto, das 120 sirenes que alertam moradores para o risco de ficarem em áreas atingidas pela forte chuva, pelo menos cinco não funcionaram nos últimos dias, informou o vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Souza, o Pezão, que esteve no Palácio do Planalto para prestar contas das medidas para prevenção e atendimento de vítimas de tragédias naturais que contam com recursos federais.
Segundo Pezão, o Rio não pode ficar tranquilo. “Tem funcionado esse trabalho de prevenção, mas a gente sabe que os problemas na Serra são muito grandes. São ocupações desordenadas há mais de 40 anos. Não pode retirar essas pessoas porque não tem lugar nem para levar”, disse o vice-governador.