Brasília (ABr) – A partir de fevereiro, o governo poderá comprar um dos 17 medicamentos do coquetel antiaids pela metade do preço. A decisão vai depender de acordo com o laboratório Abbott, fabricante do Caletra. A economia com a redução do preço – hoje cada cápsula custa US$ 1,17 – é estimada em US$ 339 milhões nos próximos seis anos. ?Falta definir alguns detalhes com relação ao texto que nos foi proposto pela Abbott para o acordo, mas eu imagino que nos próximos dias fecharemos um acordo com o laboratório?, disse o ministro da Saúde, Saraiva Felipe.

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O ministro informou que, depois de fechado acordo com a Abbott, mais dois laboratórios iniciarão as discussões para reduzir o preço de medicamentos do coquetel. Com a Merck, fabricante do Efavirenz, as negociações visam agilizar licença voluntária para a produção do medicamento no Brasil. Com a Gilead, que produz o Tenofovir, o acordo será para reduzir o preço, que hoje é de US$ 7 a cápsula. ?Temos oferta de Tenofovir pela Fundação Clinton. É um genérico de origem indiana, mas já com bioequivalência e a US$ 0,85?, explicou o ministro.

Saraiva Felipe ressaltou que é preciso negociar o preço de todos os medicamentos anti-retrovirais. ?Temos de procurar o menor preço para atender ao interesse nacional. O programa de aids do Brasil é um dos mais bem-sucedidos do mundo. Agora, para que ele tenha sustentabilidade, temos de negociar preços dos 17 itens do coquetel?, destacou.

O ministro fez as declarações depois de entregar o 1.º Prêmio Nacional CENAids no Mundo do Trabalho. Quatro categorias – micro, pequena, média e grande empresas – foram contempladas por contribuições para evitar a aids no ambiente de trabalho.

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